21.10.12

Classe C contribui para o crescimento do comércio eletrônico



Em 2011 foram 9 milhões de novos consumidores, deles 61% pertencentes à classe C

por Samuel Wendel

No Brasil, o comércio eletrônico registrou faturamento de R$ 18,7 bilhões em 2011, valor 26% maior que o verificado em 2010. É o que apontou uma pesquisa divulgada no mês de março, pela e-bit. Os números são bem otimistas, a mesma pesquisa mostrou que este ano o e-commerce deve faturar R$ 23,4 bilhões no Brasil.


Esta cifra deve aumentar a cada ano, já que os brasileiros estão, cada vez mais, utilizando a internet para fazer compras. Em 2011 foram 9 milhões de novos consumidores, sendo 61% pertencentes à classe C.

Mas o comércio eletrônico já está consolidado no país há muitos anos. “Há muito tempo sou consumidor do mercado online. Minha primeira compra na internet deve ter acontecido há uns dez anos”, diz o músico e empresário Daniel Oliveira.

O músico acredita no mercado online e em 2011 resolveu abrir seu próprio negócio. “Após anos consumindo na internet, ao buscar um modelo de negócio para minha empresa, acreditei desde o início no e-commerce. Aqui na ADV Music, que é uma empresa que comercializa instrumentos musicais, nós primeiro iniciamos no mercado online para só agora, após quase um ano de atividades, começarmos a pensar em uma loja física”, diz o empresário.

A classe C tem papel fundamental no crescimento da internet no Brasil. É a classe social mais numerosa, já são 103,054 milhões de pessoas que estão comprando cada vez mais, inclusive no mercado online.

"Não é só resultado da inclusão digital pura e simplesmente que nos fez comprar mais, milhares de consumidores subiram de classe social, e esta migração faz com que a pessoa passe a desejar produtos que antes estavam em segundo plano", diz o jornalista Gustavo Vilela, editor-chefe do site de notícias Aporte Economia.

Como há mais brasileiros conectados, as lojas online lançam promoções cada vez mais agressivas para atrair este consumidor. Um exemplo foi a Black Friday que aconteceu no Brasil em novembro de 2011 e registrou a marca de 237 mil pedidos em 24 horas.

Devido ao número cada vez maior de consumidor do chamado e-commerce, a logística das lojas virtuais tem que se adequar. É o que ressalta o jornalista Gustavo Vilela. "É preciso que o mercado acompanhe este cenário promissor, digo porque no mês de março três grandes sites brasileiros de compras por pouco não ficaram fora do ar por determinação judicial, por conta de problemas com o
consumidor".

O analista de sistemas Luiz Carlos chegou à classe C há pouco mais de dois anos. Ele compara preços em lojas virtuais brasileiras e estrangeiras, e na maioria das vezes, dependendo do valor do produto, não pensa duas vezes; compra fora do Brasil. “Aqui a gente paga muito imposto e isso reflete no valor dos produtos. As mesmas mercadorias fora do Brasil são muito mais baratas,  se isso não mudar vou fazer apenas pesquisas nos sites de compras nacionais, mas o pedido, 
vou efetuar em uma loja virtual de fora”.

2 comentários:

Daniel Oliveira disse...

Texto muito interessante! Fico feliz de ter participado.

Grande abraço!

Gustavo Vilela disse...

Samuel ficou ótima a matéria. Parabéns.