No dia 4 de novembro tratamos de vários assuntos.
Dentre eles posso destacar: Espiral do Silêncio, Agenda Setting, O Quarto Poder e também vimos “O Jongo” um vídeo de 19´.
Foi dia também do nosso seminário, o livro 1984 de George Orwell.
Alugamos o filme e editamos 15 minutos para mostrar aos colegas que não tinham assistido ainda essa obra-prima.
A transformação da realidade é o tema principal do livro.
Disfarçada de democracia, a Oceania vive um totalitarismo desde que o IngSoc (o Partido) chegou ao poder sob a batuta do onipresente Grande Irmão (Big Brother).
Inspirado na opressão dos regimes totalitários das décadas de 30 e 40, o livro não se resume a apenas criticar o stalinismo e o nazismo, mas toda a nivelação da sociedade, a redução do indivíduo em peça para servir ao estado ou ao mercado através do controle total, incluindo o pensamento e a redução do idioma.
Winstom Smith representa o cidadão-comum vigiado pelas teletelas e pelas diretrizes do Partido.
Orwell escolhera este nome na soma da 'homenagem' ao primeiro-ministro Winston Churchill com o uso do sobrenome mais comum na Inglaterra.
A obra-prima foi escrita no ano de 1948 e seu título invertido para 1984 por pressão dos editores. A intenção de Orwell era descrever um futuro baseado nos absurdos do presente.
Winston Smith e todos os cidadãos sabiam que qualquer atitude suspeita poderia significar seu fim. Os vizinhos e os próprios filhos eram incentivados a denunciar à Polícia do Pensamento quem cometesse crimidéia. Fato comum nos regimes totalitários.
Algo estava errado, Winston não sabia como, mas sentia e precisava extravasar. Com quem seria seguro comentar sobre suas angústias? Não tendo respostas satisfatórias, Winston compra clandestinamente um bloco e um lápis (artigos de venda proibida adquiridos num antiquário).
Para verbalizar seus sentimentos, Winston atualiza seu diário usando o canto "cego" do apartamento. Desta forma ele não recebia comentários nem era focalizado pela teletela de seu apartamento. Um membro do Partido (mesmo que externo como Winston) tinha de ter um teletela em casa, nem que fosse antiga. A primeira frase que Winston escreve é justificável e atual: Abaixo o Big Brother!